Velha exploração na NOWO

Familiares e amigos de trabalhadores da NOWO (ex-Cabovisão) exigiram, na manhã de anteontem, 12, junto da sede da empresa de telecomunicações, em Lisboa, o pagamento do salário de Janeiro e metade de Fevereiro. «Pode a NOWO argumentar que não deve nada a estes trabalhadores, que já pagou o serviço a uma outra firma, que por sua vez contratou outra firma, e que por sua vez deu o trabalho a estes técnicos, mas o certo é que é a NOWO que está a receber dos clientes onde este trabalho foi executado», sintetiza-se na convocatória do protesto, divulgada pela União de Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN), que estima em cerca de 3 milhões de euros o montante já recebido pela empresa a título dos trabalhos efectuados naquele período.

Os instaladores de equipamentos de telefone, televisão por cabo e Internet ao serviço da NOWO são «prestadores de serviços» (recibo verde) da Fibnet, que vende o trabalho à Telcabo, que opera para a NOWO. Forçados a colectar-se como empresários em nome individual, os trabalhadores pagam seguros, combustíveis das deslocações em viatura própria e efectuam os respectivos descontos.

A USS/CGTP-IN defende que, tratando-se de um falso recibo verde – a actividade é exercida em local e hora determinados pela empresa, que detém os equipamentos afectos aos contratos realizados, é a NOWO a responsável pelas remunerações devidas.

«Perante a justa posição dos técnicos de reclamar o produto do seu trabalho, a NOWO, através da Telcabo, vai exercendo pressão e chantagem com o objectivo de os calar», denuncia ainda a estrutura sindical.




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