XV Congresso do PC da Venezuela

O Par­tido Co­mu­nista da Ve­ne­zuela (PCV) re­a­lizou o seu XV Con­gresso de 22 a 25 de Junho, em Ca­racas, na Re­pú­blica Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela.

Du­rante os tra­ba­lhos, o PCV ana­lisou a si­tu­ação na­ci­onal ve­ne­zu­e­lana e in­ter­na­ci­onal, de­finiu as ta­refas do Par­tido, adoptou di­versas al­te­ra­ções aos seus es­ta­tutos e elegeu os seus ór­gãos de di­recção, tendo Oscar Fi­guera sido re­e­leito Se­cre­tário-geral do CC do PCV.

O PCV rei­terou a sua de­ter­mi­nação em con­ti­nuar a de­fender os di­reitos e os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e povo ve­ne­zu­e­lano, da pá­tria ve­ne­zu­e­lana, frente aos in­tentos do im­pe­ri­a­lismo. Neste sen­tido, con­ti­nuará em­pe­nhado no re­forço da or­ga­ni­zação e uni­dade dos tra­ba­lha­dores, dos cam­po­neses, do povo ve­ne­zu­e­lano em torno da luta por ob­jec­tivos con­cretos e ime­di­atos e sua ex­pressão so­cial e po­lí­tica. Ao mesmo tempo, o PCV em­penha-se na cons­ti­tuição de uma ampla ali­ança anti-im­pe­ri­a­lista e anti-fas­cista face à es­ca­lada de agressão im­pe­ri­a­lista e vi­o­lência re­ac­ci­o­nária, pro­mo­vida pelos EUA e seus ali­ados contra a Ve­ne­zuela e a Amé­rica La­tina com o ob­jec­tivo de impor a sua do­mi­nação e ex­plo­ração dos imensos re­cursos exis­tentes neste país e neste sub-con­ti­nente.

O PCV propôs ao Par­tido So­ci­a­lista Uni­fi­cado da Ve­ne­zuela a cri­ação de es­paços de uni­dade pa­trió­tica, de­mo­crá­tica e anti-im­pe­ri­a­lista para ga­rantir a vi­tória das forças pro­gres­sistas e re­vo­lu­ci­o­ná­rias ve­ne­zu­e­lanas na As­sem­bleia Na­ci­onal Cons­ti­tuinte – cuja a eleição se re­a­liza no pró­ximo dia 30 de Julho –, im­pedir o re­torno das forças de di­reita ao poder e pro­mover avanços no pro­cesso bo­li­va­riano. O PCV su­blinha a ne­ces­sária res­posta à brutal acção dos co­mandos mer­ce­ná­rios ter­ro­ristas, ins­tru­mentos da di­reita fas­cista e do im­pe­ri­a­lismo para atacar as ins­ti­tui­ções de­mo­crá­ticas e per­turbar o seu normal fun­ci­o­na­mento, ater­ro­rizar e inibir a mo­bi­li­zação das massas po­pu­lares, e aponta ainda a im­ple­men­tação de me­didas que te­nham como ob­jec­tivo a res­posta e re­so­lução de pro­blemas sen­tidos pela po­pu­lação, que passam pelo com­bate à guerra, boi­cote e es­pe­cu­lação eco­nó­mica.

Na sau­dação que en­viou ao Con­gresso, entre ou­tros as­pectos, o PCP ex­pressou a von­tade de pros­se­guir e re­forçar as suas re­la­ções com o PCV e re­a­firmou a sua so­li­da­ri­e­dade com a Re­vo­lução bo­li­va­riana e o povo ve­ne­zu­e­lano e a sua de­ter­mi­nação na de­núncia da vi­o­lenta e cri­mi­nosa cam­panha de de­ses­ta­bi­li­zação gol­pista do im­pe­ri­a­lismo e das forças re­ac­ci­o­ná­rias in­ternas contra a so­be­rania e a in­de­pen­dência da Ve­ne­zuela, contra os di­reitos, os in­te­resses e as as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e povo ve­ne­zu­e­lano.

De­le­ga­ções es­tran­geiras pre­sentes no Con­gresso to­maram a ini­ci­a­tiva de ela­borar uma de­cla­ração de so­li­da­ri­e­dade com a Re­pú­blica Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela e o seu povo, pelo seu di­reito a de­cidir so­be­ra­na­mente o seu fu­turo, e contra a vi­o­lência do im­pe­ri­a­lismo e as suas cam­pa­nhas de ma­ni­pu­lação me­diá­ticas, ape­lando à re­a­li­zação no pró­ximo dia 14 de Julho de uma jor­nada in­ter­na­ci­onal de so­li­da­ri­e­dade com a Ve­ne­zuela.

O PCP fez-se re­pre­sentar por Pedro Guer­reiro, membro do Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral e res­pon­sável pela Secção In­ter­na­ci­onal, que teve ainda opor­tu­ni­dade de in­tervir no II Se­mi­nário Ide­o­ló­gico In­ter­na­ci­onal «Vi­gência de Lé­nine após 100 anos da Grande Re­vo­lução So­ci­a­lista de Ou­tubro», pro­mo­vido pelo PCV, e de acom­pa­nhar a sessão es­pe­cial do Con­gresso de­di­cada a esta co­me­mo­ração.




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