Na sequência de um debate aprofundado no seio da CDU e das opiniões aí manifestadas aceitei recandidatar-me à presidência da Câmara Municipal de Castro Verde. O envolvimento, participação e vontade expressa desta grande família de companheiros, homens, mulheres e jovens, foram fundamentais para esta decisão no sentido de garantir o rumo e a estratégia definidos pela CDU ao longo dos anos em prol do desenvolvimento sustentável do concelho e da melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes.

No novo mandato, o trabalho a desenvolver pela Câmara Municipal terá responsabilidades acrescidas face ao reconhecimento internacional do percurso que temos trilhado em parceria com a generalidade dos agentes e entidades locais e a participação activa da população. Este reconhecimento traduziu-se no passado dia 14 de Junho na aprovação, pelo Conselho Internacional do Programa MAB da UNESCO, da candidatura de Castro Verde como Reserva da Biosfera, apresentada em parceria pela Câmara Municipal, a Associação de Agricultores do Campo Branco e a Liga para a Protecção da Natureza. O concelho de Castro Verde é a 11.ª reserva de Portugal e a primeira a Sul do Tejo a inscrever-se na Rede Mundial de Reservas de Biosfera.

Em simultâneo, e durante este mandato, a CDU tem prosseguido uma actividade que considero positiva tanto na Câmara e Assembleia municipais como em todas as freguesias do concelho. Isto apesar de todos os constrangimentos impostos ao Poder Local por governos quer do PS quer do PSD /CDS, nomeadamente de restrição à autonomia municipal, de incumprimento sistemático da Lei das Finanças Locais e da má negociação do Portugal 2020, onde as prioridades de investimento acordadas estão claramente desajustadas das reais necessidades do País e das autarquias.

Felizmente, ou melhor, graças à nova fase da vida política nacional e da nova composição da Assembleia da República, estas e outras questões, particularmente por proposta do PCP e da CDU, foram e vão sendo suprimidas com a luta de todos. Mas as mudanças não estão a ser tão rápidas quanto desejávamos e a necessidade obriga.

Nas eleições autárquicas de 2013 a CDU obteve 2151 votos (54,69 por cento) e o PS, o mais próximo concorrente, obteve 1401 votos, com o mesmo candidato que agora concorre. O PS, por cá, escreve, fala muito e cansa com tanta conversa, procurando fazer passar a imagem de grande dinamismo. Ideias novas, contributos e propostas concretas: zero! Aquilo que mais transparece é a sua ânsia e postura anticomunista e anti-CDU, de querer o poder pelo poder, pouco se importando com as pessoas e os seus reais problemas e preocupações.

Pela nossa parte, nunca subestimando os outros, vamos concentrar-nos no que verdadeiramente conta: o nosso trabalho a pensar no futuro do concelho e das suas gentes e a informação e esclarecimento como a melhor forma de combater populismos e ambições pessoais. Assim, com uma equipa coesa e empenhada, vamos trabalhar e honrar os que sempre lutaram para construir um concelho e um País melhores para todos, com honestidade, competência e uma permanente inovação e acompanhamento da realidade.

Somos gente séria e que não está na vida política a esperar benefícios próprios.