«Um PCP mais forte para um Porto mais justo» é o caminho a seguir pelos comunistas da cidade
ORGANIZAÇÃO A 11.ª Assembleia da Organização da Cidade do Porto do PCP, realizada recentemente em Paranhos envolvendo 130 delegados e dezenas de convidados, apontou ao reforço do Partido na cidade.
O PCP tem propostas alternativas para a cidade do Porto
«Mobilizar, Organizar e Lutar. Um PCP mais forte para um Porto mais justo!» foi o lema da assembleia, realizada no auditório da Junta de Freguesia de Paranhos. Na intervenção de abertura, Belmiro Magalhães, do Comité Central e responsável pela Organização da Cidade do Porto do PCP, valorizou todo o processo que culminara naquele dia, no qual durante mais de dois meses as organizações de freguesia e de base profissional deram o seu contributo, em assembleias plenárias. Nessas reuniões discutiu-se profusamente o Projecto de Resolução Política, que foi sendo melhorado pelos militantes do Partido até ao dia da própria assembleia, na qual foi aprovado.
Belmiro Magalhães fez também um balanço do intenso trabalho desenvolvido pela organização partidária desde a última reunião magna desta organização, que se realizou três anos antes, e apresentou as linhas orientadoras do documento em discussão.
Nas intervenções proferidas pelas dezenas de delegados que usaram da palavra falou-se dos problemas absolutamente gritantes da habitação, passando pela desertificação, envelhecimento e empobrecimento da população, os problemas dos trabalhadores, das mulheres, dos estudantes, dos reformados e das pessoas com deficiência, das crescentes dificuldades no acesso a cuidados de saúde e a tantos outros serviços públicos, do acesso à cultura, entre outras questões.
Ilda Figueiredo, primeira candidata da CDU à Câmara Municipal do Porto, colocou como objectivos da candidatura um contacto próximo com as populações, ouvindo os seus problemas e, a partir destes, construir verdadeiras propostas alternativas à política de Rui Moreira/PS/CDS. Candidatura essa que terá, segundo a candidata, de gerar dinâmicas de grande participação militante e popular nas freguesias.
Continuar a reforçar
A par da situação política do Porto, outro assunto muito focado naquela assembleia foi o imperioso reforço do Partido. As preocupações centraram-se na necessidade de garantir as condições para a imprescindível actividade política do PCP ao nível dos fundos, do trabalho de propaganda, do recrutamento de novos militantes e da sua responsabilização, e também a assunção de responsabilidades por militantes mais jovens.
A nova Direcção da Organização da Cidade do Porto, eleita na assembleia, regista uma renovação de mais de 30 por cento dos seus membros, com mais quadros operários e empregados responsabilizados, e também jovens. O peso de mulheres também aumentou, sendo agora de 41 por cento.
A sessão de encerramento ficou à responsabilidade de Paulo Raimundo, do Secretariado do Comité Central, que, valorizando o contexto em que decorreu a assembleia e o seu período preparatório, bem como o seu conteúdo, lhe acrescentou aspectos políticos de relevo nacional. Da situação política ao Governo PS, passando pela luta dos trabalhadores e do que se conseguiu recuperar desde Outubro de 2015, à importância da luta de massas e o que esta pode impulsionar para a conquista de novos direitos, o dirigente comunista realçou o papel decisivo do PCP e dos seus militantes, da sua organização partidária e do necessário reforço do Partido.