Uma parte dos trabalhadores da companhia aérea italiana entrou em greve, dia 28, provocando a anulação de cerca de 200 voos.

A acção teve lugar depois de a administração nomeada pelo governo ter anunciado o despedimento colectivo de 1353 trabalhadores, num universo de 12 500, dos quais 828 trabalhadores de terra, 190 pilotos e 340 hospedeiros de bordo.

Sob tutela do Estado após os accionistas terem declarado a insolvência, os trabalhadores estão sob forte pressão, dado que o governo se recusa a nacionalizar a empresa, apesar de já ter injectado 600 milhões de euros para assegurar a continuidade das operações.

Os principais accionistas da Alitalia, onde se destaca a Etihad Airways, companhia nacional dos Emirados Árabes Unidos, com 49 por cento do capital, pediram a intervenção do Estado após os trabalhadores terem rejeitado em referendo um plano de reestruturação que previa a redução de 1700 postos de trabalho e um abaixamento médio dos salários em oito por cento.