Sinais contraditórios na Coreia

A Rússia e China apelam à contenção de todas as partes na Península da Coreia, depois de a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) ter testado, no sábado, 13, um novo míssil que, afirma Pyongyang, é de médio e longo alcance e tem capacidade para transportar uma «grande e potente ogiva nuclear».

Num encontro à margem do projecto chinês Novas Rotas da Seda, domingo, 14, Vladimir Putin e Xi Jinping reiteraram a necessidade de arrefecer a tensão bélica na região e avançar para o diálogo. EUA, Japão e Coreia do Sul, entre outros, exigem uma tomada de posição por parte da Nações Unidas.

A Coreia do Norte tem vindo a acelerar a sua capacidade nuclear desde que, nos últimos anos, os norte-americanos reforçaram sobremaneira a sua aliança militar com Seul. O programa atómico dissuasivo norte-coreano foi intensificado depois de Donald Trump ter assumido a presidência norte-americana e, em particular, de ter admitido um ataque preventivo contra a RPDC.

O ensaio balístico ocorreu após a eleição do novo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, o qual, durante a campanha eleitoral, garantiu estar disponível para reunir com os dirigentes norte-coreanos até na capital Pyongyang, «caso estejam reunidas as condições adequadas».

A mesma expressão foi usada, anteriormente, por Donal Trump, e por estes dias também por um diplomata da Coreia do Norte citado pela agência de notícias pública, todos manifestando abertura para conversações.

Reagindo à eleição de Moon Jae-in, um editorial publicado no diário estatal norte-coreano, no dia 11, instava o chefe de Estado da Coreia do Sul a abandonar a «política de confrontação», designadamente os exercícios militares conjuntos com os EUA, e sublinhava que «as duas Coreias devem respeitar-se mutuamente e abrir um novo capítulo para avançar para uma melhoria dos seus laços e para a unificação inter-coreana».




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