Os conservadores britânicos, liderados pela primeira-ministra Theresa May, venceram claramente as eleições autárquicas, realizadas dia 4, no Reino Unido.

Apesar do carácter específico destas eleições, marcadas normalmente por níveis de participação baixos (36%), o avanço dos conservadores (tories), no presente contexto político dominado pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE), surge como um prenúncio das legislativas antecipadas de 8 de Junho.

Depois de na véspera ter acusado os responsáveis europeus de tentarem influenciar as eleições britânicas para impedirem a saída do Reino Unido da União Europeia, Theresa May viu o seu partido reforçar posições por todo o país.

No total, os tories elegeram 1900 representantes, ou seja mais 558 do que nas eleições anteriores, conquistando 28 dos 88 municípios e condados em disputa.

Todos os outros principais partidos perderam representantes: os trabalhistas perderam 320 eleitos, mantendo 1151; os liberais-democratas, que esperavam capitalizar o voto pró-europeu, perderam 37 eleitos, mantendo 441, e por fim o Partido da Independência (UKIP), cuja principal causa era a saída da UE, foi completamente esvaziado, mantendo apenas um dos seus 154 eleitos.