Condição social influencia desempenho escolar
Um estudo sobre o desempenho escolar no 2.º Ciclo, publicado, dia 8, pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), conclui que persiste uma correlação entre um baixo nível socioeconómico e fracos desempenhos escolares.
A análise utiliza os dois escalões de Acção Social Escolar (ASE) para concluir que, nos 5.º e 6.º anos de escolaridade e em todas as disciplinas avaliadas, quanto maiores são as carências económicas, maior é a taxa de reprovação.
Os beneficiários do escalão A de ASE (o equivalente ao 1.º escalão do abono de família) registaram uma taxa de 44 por cento de reprovações a Matemática no 5.º ano e de 48 por cento no 6.º ano – o que nos alunos sem ASE cai para 16 por cento e 20 por cento, respectivamente.
Nas disciplinas de História e Geografia de Portugal e Ciências Naturais as disparidades são ainda maiores: em ambos os anos de escolaridade, as negativas dos estudantes com ASE de escalão A (os mais carenciados) são o triplo em relação aos que não têm direito a apoio social.
Também nos beneficiários do escalão B de ASE (o equivalente ao 2.º escalão do abono de família), a taxa de reprovação é sensivelmente mais elevada.