Crise política na Chéquia
Bohuslav Sobotka, primeiro-ministro da República Checa (cujo nome oficial alternativo é Chéquia) viu fracassada a sua tentativa de fazer cair o governo de coligação.
Após ter apresentado a sua demissão, Sobotka foi obrigado a recuar já que o presidente da República, Milos Zeman, anunciou que iria manter o governo em funções, limitando-se a substituir o primeiro-ministro.
A seis meses das eleições legislativas, o governo formado por sociais-democratas, pelo movimento ANO e por cristãos-democratas, atravessa uma grave crise, na sequência de um conflito entre Sobotka e o ministro das Finanças, Andrej Babis, a segunda maior fortuna do país e líder do ANO, formação que foi a segunda mais votada em 2014 e se apresenta como favorita nas sondagens.
Ao romper publicamente com Babis, Sobotka levantou suspeitas sobre as origens da fortuna do ministro das Finanças e dúvidas sobre a sua situação fiscal. «É insustentável que o ministro das Finanças seja incapaz de demonstrar claramente a origem do seu património e se pagou os impostos sobre os seus rendimentos», disse Sobotka em conferência de imprensa.