Comunistas apoiam luta dos trabalhadores da Petrogal

Uma delegação do PCP, composta por João Frazão, da Comissão Política, e José Teles, do Comité Central, esteve reunida com as organizações representativas dos trabalhadores da Petrogal, com o objectivo de avaliar o actual estado da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores por parte do patronato. Segundo as estruturas presentes, a administração da empresa encetou um ataque aos acordos livremente estabelecidos e negociados com os trabalhadores, visível desde logo na retirada de meios à Comissão de Trabalhadores e na limitação das suas acções nas instalações, e par da tentativa de impor a cessação de vigência quer do Acordo de Empresa (AE) quer do ACT das petrolíferas privadas.

No encontro foi também valorizada a resposta dos trabalhadores à intenção patronal de levar os sindicatos da CGTP-IN a assinarem a retirada de direitos: a luta travou-se, estando previstas uma concentração e uma greve para as próximas semanas. Como exemplo do comportamento e dos objectivos da administração, os representantes dos trabalhadores da empresa – que tem cerca de 1700 trabalhadores distribuídos pelas refinarias de Matosinhos, de Sines e pela sede, em Lisboa – destacaram o não pagamento do prémio de produtividade aos trabalhadores sindicalizados em sindicatos da CGTP-IN e a tentativa de corte dos prémios de disponibilidade e dos subsídios de infantários, para além de alterações unilaterais no Fundo de Pensões, que mudam os cálculos na atribuição do complemento de reforma e põem em causa os direitos dos trabalhadores que trabalham por turnos.

Para além da ofensiva patronal, os representantes dos trabalhadores denunciaram igualmente a atitude do Governo PS, que fez um «despacho anti-greve», à semelhança do que o governo PSD/CDS fazia.

Aos trabalhadores, a delegação do PCP manifestou a firme solidariedade, expressa nas diversas iniciativas realizadas na Assembleia da República e no Parlamento Europeu. Neste âmbito, cabe referir o esclarecimento obtido por João Ferreira junto da Comissão Europeia, que deitou por terra o argumento de que a limitação de movimentos dos membros da CT dentro das instalações seria justificado por directivas comunitárias, e o anúncio de que o Grupo Parlamentar do PCP questionará o Governo sobre a discriminação dos trabalhadores sindicalizados nos sindicatos da CGTP-IN no pagamento de prémios.




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