Estudantes estão em luta!
No dia 16, os estudantes do Ensino Básico e Secundário manifestaram-se contra os cortes e a falta de financiamento na Educação, levados a cabo por sucessivos governos. O protesto integrou-se nas comemorações do Dia do Estudante (24 de Março), que este ano faz 55 anos e que assinala as lutas travadas durante o fascismo em defesa das associações de estudantes (AE), da democracia e da liberdade.
Hoje, continuam a ser muitos os problemas nas escolas, a grande parte com insuficientes condições materiais e humanas. Para além da falta de funcionários e professores, os estudantes – convocados por diversas AE de todo o País – manifestaram-se, quinta-feira, contra o custo dos manuais escolares e outros materiais; a degradação de diversas escolas; os problemas nos transportes e deslocações para as escolas devido ao preço do passe, maus horários e falta de carreiras; a injustiça dos exames nacionais e dos momentos pontuais de avaliação em detrimento da avaliação contínua. Reivindicam também, entre outras medidas, a redução da carga horária e do número de alunos por turma.
Superior
Sob o lema «Expulsar o desinvestimento», os estudantes do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas estiveram concentrados, dia 9, na instituição, para exigir mais financiamento no Ensino Superior, o fim das propinas e da expulsão das salas de exame os alunos com o pagamento das propinas em atraso.
Ao presidente da faculdade foi distribuído uma cópia de um abaixo-assinado com as reivindicações dos estudantes, cujo original vai ser entregue, hoje, 23, na Direcção-Geral do Ensino Superior, dia em que estão agendadas manifestações em Lisboa, Coimbra e Porto, para exigir uma «propina zero». As reivindicações estendem-se à resolução dos problemas financeiros nas instituições e ao reforço da acção social, entre outras.