Dia 23, no encerramento da campanha «Transportes públicos ao serviço de Lisboa», junto à estação do Metropolitano de Arroios, João Ferreira, vereador do PCP na autarquia, exigiu que a maioria PS «seja coerente» com a posição que tinha antes de gerir a Carris e baixe os preços na rodoviária. O mesmo deve ser feito pelo Governo relativamente ao Metropolitano.

«O actual presidente [da Câmara, Fernando Medina] assumiu que não faz parte dos seus planos reverter os aumentos feitos pelo governo PSD/CDS. Aquilo que nós dizemos, e que a própria Câmara dizia há um tempo, é que foram esses aumentos que levaram a que muita gente tivesse deixado o transporte público, optando pelo transporte individual, com tudo o que daí resulta de consequências negativas para a cidade, com a sobrecarga do espaço público e o trânsito», afirmou, à Lusa, João Ferreira.

Relativamente ao Metropolitano, que está sob a alçada do Governo, o vereador, que é também candidato da CDU à presidência da Câmara de Lisboa, reivindicou a «reposição imediata de quatro carruagens na linha verde», passando depois para as seis carruagens, após as obras de ampliação na estação de Arroios.

Ao mesmo tempo, defendeu a expansão da rede do Metropolitano, mas não da forma «que tem vindo a ser apresentada, quer pelo Governo, quer pela Câmara, com o prolongamento da linha amarela até à linha verde [entre o Rato e o Cais do Sodré], com densificação no centro da cidade».

«O que o PCP tem defendido é uma expansão do Metropolitano na linha vermelha para o Campo de Ourique e depois para a zona ocidental da cidade – Alcântara, Belém e Ajuda», sustentou, referindo que esta solução «não é tão exigente, em termos de custos, quanto a que está prevista e pode trazer benefícios muito maiores».

Entretanto, durante este mês de Fevereiro, a CDU levou a efeito dezenas de acções de contacto com a população da cidade de Lisboa para prestar contas do trabalho que os seus eleitos têm realizado, tanto na Câmara e Assembleia Municipal, bem como nas freguesias.