Novo Banco e CGD
O PCP respondeu a questões colocadas por diversos órgãos de comunicação social acerca da decisão do Banco de Portugal de seleccionar a Lone Star para uma fase definitiva de negociações, em condição de exclusividade, com vista à venda do Novo Banco, reafirmando desde logo aquela que é uma posição de fundo: «a venda do Novo Banco, um dos maiores bancos nacionais em actividade, constituirá, a concretizar-se, uma decisão contrária ao interesse nacional.»
No caso concreto da Lone Star, o Partido lembra a sua associação a fundos de investimento e à actividade especulativa, o que é particularmente grave tendo em conta o facto de o Estado ter sido comprometido com «avultados recursos públicos no processo de Resolução (4,9 mil milhões de euros)». A ir por diante, tal decisão deixaria caminho livre para uma «reestruturação» do banco com prejuízo dos seus trabalhadores e da sua actividade, bem como à preparação da sua venda pelos novos donos em condições favoráveis aos seus interesses e apenas a eles. O PCP aproveitou a ocasião para reafirmar a defesa da manutenção do Novo Banco sob controlo público, de forma a poder ser colocado «ao serviço do desenvolvimento económico do País».
No mesmo dia 20, o Gabinete de Imprensa do PCP emitiu um esclarecimento sobre uma peça transmitida no espaço noticioso da Antena 1 que deturpava o sentido das declarações do Secretário-geral do PCP acerca da eventual entrada em funções de uma nova comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. Ora, garante-se no comunicado, a atribuição a Jerónimo de Sousa da ideia de que o PCP «poderia impedir a entrada em funcionamento» da referida comissão é «abusiva e desprovida de fundamento». O que se retira das declarações do Secretário-geral do Partido, editadas na referida peça, é não só a referência à importância das comissões de inquérito como a ideia de que esta, «como quaisquer outras comissões, tem de ser avaliada pela conformação constitucional que cada uma deve assumir quanto a conteúdos e objectivos».