Peixe fica em terra
Os pescadores da ilha das Flores viram-se mais uma vez impedidos de escoar o seu pescado por falta de disponibilidade de carga aérea.
«É possível minorar estas dificuldades dos pescadores»
Esta situação, ocorrida no dia 20 de Dezembro e que se repete pela segunda vez no espaço de dois meses, motivou um requerimento do deputado do PCP eleito pela ilha das Flores, João Paulo Corvelo, onde se questiona o executivo PS sobre a falta de vontade política para resolver este problema.
«Estes problemas resultam, no plano político, de opções centralizadoras tomadas pelo Governo Regional e, no plano prático, pela opção da SATA de utilizar aeronaves com menor capacidade de carga em muitas das ligações com a ilha das Flores», evidencia o documento apresentado no dia 21.
Para o PCP, caso exista vontade política, «é possível minorar estas dificuldades dos pescadores das Flores introduzindo alterações na planificação dos voos da SATA, utilizando o Dash Q-400 com mais frequência nas ligações de e para a ilha, ampliando a disponibilidade de carga aérea». «Este seria um contributo extremamente positivo para a economia da ilha», defende o Partido.
Prejuízos avultados
Na ilha das Flores, a carência de transporte aéreos – que traz enormes prejuízos para a economia local, e em especial para os pescadores – tem consequências mais sérias durante os meses de Novembro e Dezembro, que correspondem à época em que o goraz é mais valorizado e em que, por isso, também aumenta a sua captura. Nesta altura do ano, a indisponibilidade da SATA traz prejuízos extremamente avultados para os pescadores florentinos.