Serviço público
No dia 15, a Câmara do Seixal aprovou uma tomada de posição a exigir a reposição da circulação dos barcos da Transtejo e a melhoria do serviço público de transportes.
Na reunião onde foi aprovado o documento, Joaquim Santos, presidente da autarquia, defendeu que «o transporte fluvial no rio Tejo assume uma enorme e estratégica importância na mobilidade das populações da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que tem vindo, de anos a esta parte, a ser posta em causa com a política seguida, assente na redução do número de trabalhadores e das acções de manutenção regular das frotas da Transtejo, conduzindo a vários cortes na oferta de transporte, e à recorrente supressão de carreiras programadas, gerando uma enorme perda de fiabilidade na operação».
Em causa está a situação vivida pelos utentes da Transtejo, com a constante eliminação de carreiras, devido à paragem de várias embarcações, por falta de manutenção. No dia 5 de Dezembro, do total de vinte e dois navios afectos à Transtejo, só seis se encontravam operacionais, ou seja, 73 por cento da frota esteve inoperacional.
A esta situação, de degradação do serviço público de transportes, acresce ainda a necessidade da criação de um sistema tarifário que abarque a intermodalidade em toda a AML. Entende a autarquia que se deveria criar atractividade para uma utilização do serviço de transportes colectivos em detrimento da mobilidade individual. Contudo, apostar na qualidade deste serviço e na sua sustentabilidade só é possível através uma utilização integrada que permita reforçar a mobilidade em toda a AML.
O passe social intermodal é, neste sentido, o garante para uma verdadeira prestação do serviço público de transportes, integrando todos os operadores e modos de transporte, com um tarifário que responda às necessidades actuais, para estimular a sua utilização dos mesmos.