Trabalhadores prejudicados

João Ferreira e Carlos Moura, vereadores do PCP na Câmara de Lisboa, acompanhados por eleitos na Freguesia dos Olivais e estruturas sindicais e profissionais, realizaram uma visita, no dia 16, à cidade aeroportuária, estacionamentos e espaços adjacentes, para analisar o problema da falta de estacionamento para trabalhadores do aeroporto, que tem tido consequências negativas nas zonas residenciais próximas, nomeadamente no Bairro da Encarnação.

No final da iniciativa, João Ferreira lembrou que «desde a privatização do aeroporto, houve uma alteração na política da empresa [que gere a infra-estrutura, a ANA – Aeroportos de Portugal] relativamente ao estacionamento» e «tem havido uma tendência crescente para tirar lugares de estacionamento aos cerca de 20 mil trabalhadores que ali exercem funções», em áreas como a segurança, a logística e o comércio.

Para o eleito do PCP, em causa está uma «total insensibilidade por parte da empresa, que, para aumentar receitas [com o estacionamento] tira lugares aos trabalhadores». A situação afecta sobretudo os «trabalhadores mais recentes, com baixos salários e em situação precária, que são empurrados a pagar uma avença quando dantes havia lugar garantido ou a empresa comparticipava uma parte», denunciou João Ferreira, salientando que muitos daqueles trabalhadores «têm de ir trabalhar em horários [nocturnos ou de madrugada] em que não há transporte público», como o Metro ou autocarro.

Simultaneamente, acrescentou, esta realidade «cria uma pressão fortíssima sobre os moradores da zona», visto que, dada a falta de lugares e a cobrança feita, os funcionários do aeroporto procuram estacionamento nas redondezas, tendo que se deslocar «um quilómetro ou mais para vir trabalhar».

O vereador do PCP garantiu ainda que vai «levantar o assunto na Câmara de Lisboa, para que a autarquia pressione o Governo a resolver o problema».

No início deste mês, o Partido entregou um requerimento na Assembleia da República questionando o executivo sobre «que medidas serão tomadas pelo Governo junto da ANA, para que esta encontre uma solução que permita aos trabalhadores do aeroporto estacionar no local, particularmente nos períodos em que a oferta de transporte público é insuficiente».

Para os deputados Bruno Dias, Rita Rato, Miguel Tiago e Ana Mesquita, que assinam o documento, «é indispensável ter em conta os trabalhadores do aeroporto não podem ficar à mercê das políticas de exploração e maximização do lucro da Vinci», empresa francesa que detém a ANA.




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