Convergência e unidade
Delegações do PCP e do PEV estiveram reunidas na sede dos ecologistas, em Lisboa, no final da semana passada para avaliar diversos aspectos relacionados com a situação política actual, em particular o Orçamento do Estado para 2017, e preparar as eleições autárquicas do próximo ano.
À saída, em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa voltou a insistir na ideia de que só após ser conhecido o final da discussão do Orçamento na especialidade é que o PCP determinará o seu posicionamento. «Como poderemos votar ou não votar uma coisa que não está acabada?»
O dirigente comunista manifestou ainda as suas preocupações acerca das pressões, chantagens e orientações da União Europeia, crescentemente incompatíveis com a intenção e necessidade de repor direitos e rendimentos dos trabalhadores e do povo. As responsabilidades por esta contradição estendem-se ao PS, que opta por não romper com os constrangimentos que estão colocados ao País.
Também Heloísa Apolónia, dirigente e deputada do Partido Ecologista «Os Verdes», manifestou algumas apreensões face à proposta de Orçamento, sublinhando as matérias positivas constantes na proposta e alertando para a existência de constrangimentos que urge superar.
Na reunião, adiantou Jerónimo de Sousa, foi transmitida ao PEV a intenção do PCP de, nas próximas eleições autárquicas, concorrer no quadro da CDU «no todo nacional». Esta solicitação parte da constatação de que a CDU é um «espaço amplo e democrático, no qual participam milhares e milhares de independentes, de democratas, que se revêem no seu projecto».
Para além de Jerónimo de Sousa, integraram a delegação do PCP Jorge Cordeiro, dos organismos executivos, e Francisco Pereira, do Comité Central.