Cerca de 40 mil pessoas manifestaram-se, dia 22, em Roma contra o governo social-democrata do primeiro-ministro, Matteo Renzi.

Sob o lema «Não a Renzi», a jornada foi convocada por sindicatos e partidos de esquerda em protesto contra a política liberal do executivo italiano.

Os manifestantes criticaram o «liberalismo selvagem» do governo e a ofensiva contra direitos essenciais dos trabalhadores.

Apelaram também a votar não no referendo marcado para 4 de Dezembro sobre a revisão Constitucional, a qual reforçaria os poderes de Renzi.

A revisão visa pôr fim ao equilíbrio de poderes entre as duas câmaras do parlamento, limitando as prerrogativas do Senado.

A câmara alta passaria dos actuais 315 membros para apenas 100 e deixaria de poder votar moções de confiança ao governo, bem como a maioria das leis.

As novas regras prevêem ainda que o governo possa pedir ao parlamento a aceleração dos procedimentos para a aprovação de determinados diplomas que considere urgentes.

Renzi, que prometeu demitir-se caso perca o referendo, alega que a reforma constitucional irá dar maior estabilidade política ao país, acabando com a dança dos governos.