Reconhecer quem luta
No jantar realizado na cidade da Horta, João Decq Mota, primeiro candidato da CDU pelo círculo eleitoral do Faial, defendeu que a coerência protagonizada pelo PCP-PEV merece ser reconhecida. Designadamente no Faial, onde a Coligação tem intervenção para que esse reconhecimento obtenha expressão eleitoral.
João Decq Mota deu como exemplo dessa «luta em todas as frentes», «em todos os órgãos e fora deles», a oposição à «privatização da ANA», no contexto da qual a CDU alertou «para os grandes problemas e prejuízos que a perda do controle público sobre os aeroportos iria causar, como se vê agora, aqui no Faial, em relação à extensão da pista e à construção das cabeceiras de segurança».
O mesmo sucedeu quando «confrontou o Presidente da Autoridade Nacional da Aviação Civil com o facto de o concessionário privado não estar a cumprir as determinações dessa mesma Autoridade em relação ao Aeroporto da Horta», disse, acusando PS, PSD e CDS de serem cúmplices na situação. Por isso perguntou: «Estão disponíveis agora para se juntar ao PCP e aos Verdes, e exigir à Vinci que cumpra o contrato assinado com o Estado e realize a obra? Esta é a pergunta que os faialenses querem ver respondida».
O cabeça-de-lista da CDU no Faial também deixou críticas ao Governo Regional do PS acusando-o de, «montado na sua maioria absoluta», ter recusado projectos e propostas importantes para a nossa ilha, muitas delas apresentadas pelo nosso deputado, Aníbal Pires, como os reforços de verbas necessários para avançar com a construção da 2.ª fase da variante à cidade da Horta; a recuperação do Farol da Ribeirinha, das igrejas do Carmo e de São Francisco, ou para avançar com a Escola do Mar dos Açores, que já em 2013 propúnhamos mas que o PS preferiu adiar; ou ainda com a construção de centro de investigação em aquacultura aqui na nossa ilha».
«Isto só acontece, camaradas e amigos, porque o PS tem uma maioria absoluta, com a qual se pode dar ao luxo de ignorar os protestos e as propostas de quem luta, com honestidade e coerência, pelo desenvolvimento das nossas ilhas».
«Derrubar essa muralha, demolir esse obstáculo, contribuir com todas as nossas forças para acabar com essa maioria absoluta e abrir um rumo de progresso para a nossa ilha e para a nossa região», é o combate para o qual todos estão convocados, sintetizou.