Mau exemplo
«Por opção política de sucessivos governos, e não por qualquer inevitabilidade, impôs-se a proibição de contratação na Administração Central, Regional e Local, fomentou-se a utilização abusiva de “recibos verdes”, tirou-se proveito dos “contratos de emprego-inserção” ou de expedientes como estágios, recorreu-se a contratos à hora e ao dia», protestou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local. Num comunicado em que exige urgência para pôr fim ao trabalho precário, o STAL/CGTP-IN lembra que «autarquias e empresas locais, ora por limitações financeiras, ora por conivência com a política de direita, usam a precariedade como forma de ter à disposição a mão-de-obra fácil e barata, contribuindo assim para a degradação dos vínculos e relações de trabalho». Mas «o mau exemplo vem “de cima”», tanto pela opção que ditou leis, como pelo facto de que o próprio Estado «desrespeita a regra básica de que a uma necessidade permanente de trabalho corresponde um vínculo laboral estável, atentando contra o próprio princípio constitucional da segurança no emprego».
«As administrações públicas tornaram-se assim grandes responsáveis pela generalização da precariedade», com prejuízo para os trabalhadores e «fragilizando os serviços e funções que lhes competem, degradando a qualidade dos próprios serviços públicos».
«As administrações públicas tornaram-se assim grandes responsáveis pela generalização da precariedade», com prejuízo para os trabalhadores e «fragilizando os serviços e funções que lhes competem, degradando a qualidade dos próprios serviços públicos».