Crime!
Exigir que os estagiários paguem para trabalhar, usurpando a bolsa atribuída pelo IEFP, é uma prática que «confirma a falta de escrúpulos de várias entidades patronais, que recorrem inclusive à ilegalidade para esmagar os rendimentos dos estagiários e aumentar as margens de lucro». Num comunicado de dia 22, quando o Jornal de Notícias deu a conhecer «uma fraude em larga escala», a CGTP-IN considera «inadmissível» que os estágios profissionais «sejam utilizados para situações deste tipo ou para responder a necessidades permanentes das empresas, num quadro em que o Estado continua, inexplicavelmente, a financiá-las para precarizar o emprego e promover os baixos salários». Tais denúncias «confirmam que, apesar de ilegal, o assédio moral (terrorismo psicológico) continua a ser um instrumento privilegiado do patronato para impor o medo e a chantagem», exigindo-se «uma intervenção imediata do IEFP para pôr cobro a este modelo de escravatura». O Ministério do Trabalho «tem de aplicar a tolerância zero para este tipo de comportamentos patronais e agir, com todos os meios ao seu alcance, para criminalizar os responsáveis».