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A entrega e financiamento por parte da Câmara Municipal de Soure da Casa da Criança à Santa Casa da Misericórdia (IPSS) merece a oposição da Concelhia do PCP. A organização do Partido entende que se trata de uma opção pela privatização, quando o que se impõe é defender o interesse público.
O PCP recorda que o processo se arrasta desde 2011 com elevados custos para a autarquia, «obrigando o município a disponibilizar instalações, fazer obras de manutenção, ceder pessoal especializado e disponibilizar os transportes escolares das crianças que o frequentam», aos quais acresce, a partir do ano lectivo que vai começar, um subsídio, uma vez que Administração Central deixou de financiar a Casa da Criança e a CM de Soure entendeu substituí-la.
A Organização Concelhia de Soure do PCP estranha a opção pela referida IPSS, considerando que aquela «não possuía e ainda não possui condições físicas, nem recursos humanos, nem a valência de educação pré escolar, nem qualquer histórico de trabalho nesta vertente educativa», contrariamente ao que sucede com com outras instituições locais.
O Partido lembra que tem vindo a «manifestar discordância por esta solução de privatização de um estabelecimento de ensino público», insiste que, «sem qualquer custo para os cofres do município», a autarquia «poderia manter na esfera pública» a Casa da Criança, e defende que existe oferta pública suficiente, tanto mais que se pretende encerrar dois jardins de infância este ano, em Pouca Pena e Simões.