Irão
O porta-voz do Poder Judicial do Irão, Gholam-Hossein Mohseni-Ejei, confirmou, no domingo, 7, em Teerão, a execução do cientista nuclear iraniano Shahram Amiri, condenado por espionagem a favor dos Estados Unidos, «aproveitando o seu acesso a informação secreta». Amiri, preso em 2010 quando regressou ao seu país procedente dos EUA, manejava «informação vital sobre o Irão e proporcionou-a ao inimigo através das suas ligações». O porta-voz iraniano explicou aos jornalistas que o processo do cientista nuclear foi «um dos casos em que o Irão derrotou a agência de informações estado-unidense (CIA)». Os serviços iranianos de inteligência mantiveram sob vigilância estreita todos os movimentos de Amiri, que incluíram contactos com agentes estrangeiros na Arábia Saudita.
O réu compareceu diversas vezes perante a justiça iraniana, com o seu advogado de defesa, tendo apelado ao Tribunal Supremo no sentido de ser revista a pena de morte aplicada em primeira instância. Depois de avaliado o recurso, os juízes rejeitaram-no e a sentença foi mantida e executada.