11.º Congresso da União dos Sindicatos do Porto

Balanço e reforço da luta

Na sexta-feira, dia 8, na Casa Sindical do Porto, mais de 180 delegados, em representação de três dezenas de sindicatos, apreciaram a actividade realizada e definiram linhas de acção para dar mais força à luta dos trabalhadores.

Até 2020 os sindicatos propõem-se angariar 30 mil sócios

O trabalho de preparação do 11.º Congresso da União dos Sindicatos do Porto começou há dois meses e incluiu, durante o mês de Junho, nas empresas e serviços, a distribuição de um documento de divulgação da reunião magna da estrutura distrital da CGTP-IN.
Coube aos delegados apreciar o Relatório da actividade desenvolvida desde o 10.º Congresso, em 16 de Novembro de 2012, e o Plano para a acção sindical nos próximos quatro anos, bem como eleger a direcção para o mandato até 2020.
O coordenador da direcção cessante, que na abertura dos trabalhos fez a apresentação dos dois principais documentos em análise, sublinhou as propostas de alteração e outros contributos recolhidos na fase preparatória. Tiago Oliveira valorizou este esforço de enriquecimento do conteúdo e consensualização, cujo resultado ficou patente, mais tarde, quando os delegados foram informados de que ali apenas fora apresentada uma proposta de alteração ao Plano, a qual foi aceite pela Comissão de Redacção. Este foi o caminho que desembocou na votação unânime do Relatório e do Plano.
Também por unanimidade e aclamação, foram no Congresso aprovadas moções sobre a campanha da CGTP-IN contra a precariedade, sobre luta reivindicativa e justiça social e sobre a luta pela paz e a solidariedade internacional, bem com uma resolução sobre a acção sindical imediata.
A média de idades da direcção da USP, com a eleição realizada neste congresso, baixou de 50 para 45 anos.
Durante o dia, foram feitas mais de 30 intervenções por delegados dos diversos sindicatos e membros da Direcção cessante, tratando assuntos como as funções sociais do Estado e a Administração Pública, a organização sindical e sua reestruturação administrativa e financeira, a acção reivindicativa nas empresas e sectores.
Foram fixados objectivos de reforço da organização para os próximos quatro anos: ganhar 30 mil associados dos sindicatos e eleger dois mil delegados sindicais e 250 representantes para a Segurança e Saúde no Trabalho. Tiago Oliveira expressou confiança em que, «se trabalharmos e planificarmos bem o que temos de fazer, certamente vamos chegar ao próximo congresso valorizando o caminho percorrido, o êxito que foi esta campanha e os números de sindicalização atingidos».

Combates com valor

Tiago Oliveira destacou a importância da luta dos trabalhadores, também ao nível do distrito, nos últimos quatro anos, frisando que essa luta «levou ao desgaste, ao isolamento social e à derrota do governo PSD/CDS e da sua política». No que se refere aos muitos ataques ao movimento sindical unitário, o dirigente afirmou ser imprescindível preservar as características e princípios da CGTP-IN e dos sindicatos que a compõem, sublinhando, por exemplo, que «a única e verdadeira independência financeira só pode vir da total dependência que temos dos trabalhadores».
No encerramento, o Secretário-geral da CGTP-IN assinalou que o Congresso, incluindo o período preparatório, significou preparação para a continuação da luta. Arménio Carlos relembrou que as conquistas históricas dos trabalhadores foram sempre alcançadas através da sua acção e só depois fixadas em lei.
Dos vários objectivos de luta traçados pela Intersindical, destacou os que estão relacionados com os efeitos de alterações legislativas ocorridas nos últimos anos, realçando que é necessário acabar com as normas que vieram permitir a caducidade da contratação colectiva. Perante a actual relação de forças no Parlamento, sabendo-se que PCP, Verdes e BE são contra esta permissão da caducidade, que tem sido usada pelo patronato para boicotar a negociação colectiva e retirar direitos aos trabalhadores, Arménio Carlos comentou que cabe ao PS «definir de que lado está» nesta matéria.

 



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