Greve na OGMA
A greve de 24 horas, na OGMA Indústria Aeronáutica de Portugal, no dia 8, sexta-feira, mereceu uma avaliação positiva do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas (Steffas/CGTP-IN).
Aquele passo na luta pela actualização dos salários começou com índices de adesão superiores a 50 por cento, nas principais secções de produção, mas houve algumas que pararam a 80 por cento e noutras a produção parou, disse à agência Lusa um dirigente do sindicato. Alexandre Plácido expressou-se confiante em que a adesão ao longo do dia seria ainda mais elevada, embora referisse que houve trabalhadores a dar nota de que, por dificuldades económicas, fariam apenas meio dia de greve.
A reivindicação principal prende-se com a actualização da tabela salarial, que não ocorre há quatro anos, apesar de neste período o lucro acumulado somar 35 milhões de euros. «Há trabalhadores a levarem pouco mais de 600 ou 700 euros para casa», relatou o dirigente. A administração tem-se mostrado inflexível, persistindo em gerir «prémios» e não assumir compromissos salariais claros e estáveis.
A luta dirige-se também contra o «banco» de horas e um clima permanente de repressão, perseguições e discriminações. São também contestados os despedimentos encapotados.