EUA
Os agentes do FBI podem aceder às gravações de conversas de jornalistas, sem mandado judicial e apenas com a autorização de dois superiores, informou na quinta-feira, 30, o site Interceptor, que cita documentos confidenciais da organização. O portal reproduz excertos do Guia de Investigações e Operações Internas, aprovado em 2013, que faz depender as escutas das chamadas «National Security Letters» (NSL, na sigla inglesa, ou Cartas de Segurança Nacional), emitidas pelo próprio FBI, sem necessidade de aprovação por um tribunal. Segundo as regras, quando se trata de «identificar fontes confidenciais dos media» o acesso às gravações deve ser aprovado pelo Departamento de Justiça. Mas se o NSL visa identificar um informador, ou se o jornalista é suspeito de espionagem, de colaborar com imprensa «ligada aos serviços secretos de um outro país», ou de «agir em prol de uma potência estrangeira», não é necessária autorização do Departamento de Justiça.
Christopher Allen, porta-voz do FBI, recusou comentar a informação sobre as regras respeitantes às escutas ou dizer se as mesmas foram alteradas desde 2013, limitando-se a afirmar que elas são «muito claras» e que o «FBI não pode desenvolver investigações exclusivamente com base no exercício dos direitos da Primeira Emenda.»