Semana de luta nacional
Ao longo desta «semana nacional de acção e luta», o mapa das acções levadas a cabo mostra como estão a ser tocados os principais sectores de actividade, em quase todas as regiões.
A luta vale a pena e alarga-se a diferentes empresas, sectores e regiões
No Cartaxo, os trabalhadores da Frauenthal (antiga Impormol) realizaram de tarde uma concentração, como tinham feito de manhã na Azambuja
Na segunda-feira, 16, os trabalhadores da Frauenthal Automotive (antiga Impormol) fizeram greve e concentraram-se frente às câmaras municipais da Azambuja, de manhã, e do Cartaxo, de tarde; à população distribuíram um folheto a defender que tudo deve ser feito para que a fábrica de molas para automóveis continue em laboração.
Em três dezenas de localidades, a Fenprof e os sindicatos dos professores realizam bancas públicas para promover a subscrição do abaixo-assinado em defesa da escola pública. Iniciativas semelhantes estão marcadas até final da semana.
No Porto, os sindicatos da CGTP-IN na hotelaria e no comércio e serviços realizaram uma concentração, de manhã, junto à sede da Liga de Clubes de Futebol. Os salários não são actualizados desde 2010, a Liga denunciou os contratos colectivos para eliminar direitos e reduzir o seu âmbito de aplicação.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve continuou a recolher apoios para o abaixo-assinado regional pelo aumento dos salários no sector.
A União dos Sindicatos de Castelo Branco promoveu uma tribuna pública na Covilhã, de tarde, junto ao tribunal, marcando início da semana de luta.
A Liga de Clubes de Futebol move milhões de euros, mas não valoriza os trabalhadores e até pretende retirar-lhes direitos
Na terça-feira, 17, dia da manifestação nacional dos trabalhadores da Administração Local, os trabalhadores da Caetanobus iniciaram uma nova série de greves de uma hora, com concentração no exterior da empresa (também sede do Grupo Salvador Caetano), em Vila Nova de Gaia, por aumentos salariais sem discriminação e que reponham poder de compra; voltam a parar hoje e nos dias 24, 25 e 31.
Trabalhadores do Pingo Doce concentraram-se frente à loja desta rede na Rua de Costa Cabral, no Porto.
No Golfe de S. Lourenço (Quinta do Lago, Loulé), foi realizado um plenário de rua, pelo aumento dos salários.
Inicia-se uma série de plenários nas lotas do Algarve, que se prolonga até dia 20.
Em Coimbra, a Inter-Reformados promoveu a distribuição de uma tarjeta sobre a situação e luta dos reformados.
Em Coimbra, a Inter-Reformados fez uma ampla distribuição de uma tarjeta
Para ontem, dia 18, a Fesete/CGTP-IN e os sindicatos dos têxteis, vestuário e calçado convocaram uma concentração nacional junto à CM de Famalicão, de onde partiria uma manifestação em direcção à sede da associação patronal ATP, para exigir o cumprimento do contrato colectivo de trabalho. Esta acção visa ainda protestar contra o facto de a ATP incentivar as empresas a violarem as normas legais, mesmo depois de o Ministério do Trabalho ter reafirmado que o CCT permanece em vigor.
Para junto da residência oficial do primeiro-ministro, a Fectrans/CGTP-IN e os sindicatos convocaram um plenário de trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, da Carris, da Transtejo e da Soflusa. Nestas duas empresas de transporte fluvial realiza-se no dia 20, sexta-feira, um plenário de trabalhadores, com paralisação.
Em Pêro Pinheiro (Sintra), foi anunciada uma concentração de trabalhadores dos mármores Maserc.
Está convocada uma greve do pessoal da Eurest no Hospital de Penafiel.
A União dos Sindicatos de Setúbal convocou uma conferência de imprensa junto à Siderurgia Nacional (Seixal), para explicar como a política de recursos humanos da empresa lesa a Segurança Social.
Com uma concentração frente à loja Minipreço (Grupo DIA), na Charneca da Caparica, o CESP e os trabalhadores protestam contra a transferência compulsiva de trabalhadores que fizeram greve no 1.º de Maio.
Os trabalhadores da Misericórdia de Lagos iam reunir-se em plenário, de tarde.
Em Faro, ao fim da tarde, ia realizar-se uma tribuna pública em defesa da escola pública.
Representantes dos trabalhadores dos transportes (Metro, Carris, Transtejo e Soflusa) em plenário público junto à residência oficial do primeiro-ministro
Hoje, dia 19, voltam a fazer greve os trabalhadores da Portway e da SPdH (Groundforce), que se concentram junto ao Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas, às 12 horas.
Foram convocadas greves parciais na Jado Ibéria, em Braga, e na Cobert Telhas, em Torres Vedras, com concentrações no exterior das empresas.
Em Lisboa, às 10 horas, tem lugar uma tribuna pública sobre a privatização dos CTT.
Um «buzinão» em Faro, a partir das 18 horas, é mais uma forma de protesto contra o despedimento colectivo na Portway.
Amanhã, dia da manifestação nacional dos trabalhadores da Função Pública, fazem greve os trabalhadores das refinarias de Sines (onde tem lugar um plenário geral) e do Porto, e da Groz Beckert, em Vila Nova de Gaia.
O Steffas/CGTP-IN promove uma concentração, durante toda a manhã, frente ao Ministério da Defesa.
Trabalhadores da Valorsul e da Amarsul (Grupo EGF) concentram-se frente à sede da Mota-Engil, em Linda-a-Velha, às 10 horas.
Trabalhadores dos hiper e supermercados realizam concentrações junto à sede da Sonae, em Matosinhos (11h30), e no exterior das lojas Jumbo (Grupo Pão de Açúcar), em Matosinhos e no Canidelo (Vila Nova de Gaia), às 15 horas.
Associando-se aos protestos, os participantes no 19.º Encontro Nacional de Comissões de Trabalhadores vão sair em desfile do Fórum Cultural do Seixal.
E continua...
Para amanhã, sábado, está convocada uma greve nacional dos trabalhadores dos museus, palácios, monumentos e sítios arqueológicos. A coincidir com a «noite europeia dos museus», a luta convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais afecta o serviço que ultrapasse a duração normal do trabalho e o trabalho extraordinário.
Nas refinarias da Petrogal, foram prolongas até ao fim deste mês as greves parciais, iniciadas em Janeiro, em defesa da contratação colectiva e dos direitos sociais que a administração da empresa e do Grupo Galp Energia pretende retirar aos trabalhadores.