Presos do sionismo
No domingo, 17, assinalou-se o Dia do Preso Palestiniano, ocasião para lembrar que a questão dos detidos nos cárceres sionistas é parte de um problema político mais vasto.
Criminosa é a ocupação e não quem se lhe opõe, afirma o CPPC
LUSA
Em Portugal, o Movimento pelos direitos do Povo Palestino e pela paz no Médio Oriente (MPPM), a CGTP-IN e a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) divulgaram uma nota de solidariedade na qual revelam que, de acordo com os dados da organização humanitária Adameer, em Fevereiro encontravam-se em prisões, centros de interrogatório e de detenção na Cisjordânia, mas sobretudo em Israel, em violação da 4.ª Convenção de Genebra», mais de 7000 mil palestinianos.
Entre os que resistem à ocupação e por isso são encarcerados pelo sionismo, estão 670 em detenção administrativa (sem acusação formada, sem direito a defesa e vendo o período de confinamento preventivo ser alargado indefinidamente); 406 menores, dos quais 108 com menos de 16 anos; 60 mulheres, incluindo grávidas; seis deputados; 503 condenados a pena perpétua, 15 com sentenças superiores a 25 anos e 459 com penas maiores que 20 anos; 30 encarcerados desde antes do processo de Oslo (1993).
As organizações subscritoras do texto conjunto adiantam que «o número total de presos e detidos palestinianos nas prisões israelitas já ultrapassou os 850 mil, incluindo 15 mil mulheres e dezenas de milhares de menores. Morreram nas cadeias israelitas, devido aos maus tratos e à dureza das condições, 206 presos e detidos; 71 morreram em resultado da tortura; 54 morreram devido a negligência médica; 74 foram assassinados após detenção e sete foram mortos a tiro por soldados ou guardas no interior das cadeias».
«Até ao dia em que alcance a vitória na sua heróica luta pela dignidade, pela terra, pela liberdade, por um Estado independente, o povo palestiniano contará com a nossa solidariedade», garantem o MPPM, a CGTP-IN e a URAP, que não desligam a questão dos presos palestinianos da política sionista face à Palestina e do consequente conflito israelo-árabe.
A Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), por seu lado, emitiu um comunicado em que se associa ao Dia do Preso Palestiniano, denunciando que «a detenção dos presos políticos palestinianos por Israel e as condições a que estes estão sujeitos – de negação dos seus mais elementares direitos – constituem uma clara e sistemática violação por parte do Estado de Israel das normas internacionais».
«O CPPC apela a todos os amantes da Paz para que exijam a libertação dos presos políticos palestinianos nas prisões israelitas, o fim da repressão e ocupação israelita, e a implementação do direito do povo palestiniano ao seu Estado independente, livre e viável, nas fronteiras anteriores a 1967 e com capital em Jerusalém Oriental», e considera que «criminosa é a ocupação e não quem se lhe opõe!»