Tortura e morte
As forças ocupantes marroquinas dispersaram com violência uma manifestação de repúdio pelo assassinato de Brahim Saika. O protesto realizado sexta-feira, 16, na capital do Saara Ocidental ocupado, El Aaiun, foi convocado pelas coordenadoras de Desempregados Saarauís, de Solidariedade com os Presos de Gdeim Izik e das Associações Saarauís de Direitos Humanos, e ocorreu um dia depois de o activista sindical ter falecido num hospital de Agadir.
Logo na quinta-feira, 15, reagindo às notícias da morte de Brahim Saika, populares manifestaram-se nas ruas de Agadir, Smara e Guelmin. Foi nesta última que Brahim Saika, de 31 anos, dirigente da Coordenadora de Desempregados, foi preso, a 1 de Abril, e brutalmente torturado na esquadra da polícia.
Os maus-tratos a que foi submetido, a detenção arbitrária e a coacção da sua família por parte das forças ocupantes, levaram o líder juvenil a iniciar uma greve de fome. No dia 6 de Abril foi transferido para as instalações hospitalares, onde viria a morrer algemado à cama.