Holandeses votam não
Os holandeses pronunciaram-se contra a aprovação do Tratado de Associação entre a União Europeia e a Ucrânia, assinado em meados de Junho de 2014.
Já ratificado por 27 estados-membros, o acordo precisava do sim da Holanda para entrar definitivamente em vigor.
A vitória do «não» foi mal recebida pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que havia ameaçado os holandeses com «uma crise continental» caso votassem «mal».
Mas foi essa a vontade manifestada, dia 6, por 61,3 por cento dos eleitores, segundo os resultados provisórios do escrutínio, que registou uma taxa de participação de 32,2 por cento, acima do limite de 30 por cento para ser considerado válido.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, considerou que o governo deve «mostrar respeito para com os eleitores».
Por sua vez, Diederik Samson, líder dos trabalhistas (PvdA), que integra a coligação de governo com os liberais, recomendou ao executivo que «pense bem nos passos que irá dar».
Para Ron Meyer, presidente do Partido de Esquerda (SP), o referendo mostra «uma clivagem enorme entre o povo e a elite», lembrando que enquanto 90 por cento dos deputados votaram a favor do acordo, mais de 60 por cento dos eleitores rejeitaram-no.