STCP tem de continuar pública
A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, em comunicado emitido no dia 22 pelo seu Gabinete de Imprensa, sublinha a necessidade de travar a «municipalização» da STCP, defendida pelo Governo do PS e por várias autarquias da região. Para o Partido, esta solução, a consumar-se, seria nada mais nada menos do que uma «antecâmara da privatização que foi tentada mas que a luta dos trabalhadores, dos utentes e das populações derrotou». As autarquias que se afirmam disponíveis para assumir a gestão da STCP, não só estão, na sua maioria, profundamente endividadas, como optaram nos últimos anos por «privatizar praticamente tudo o que podiam». Aliás, questiona ainda a DORP do PCP, «como é que câmaras que, com o argumento da falta de meios e/ou de vocação, privatizaram o abastecimento de água, saneamento básico, recolha de lixo, estacionamento na via pública e equipamentos públicos querem agora conseguir gerir a STCP», empresa que funciona em seis concelhos, tem falta de motoristas e uma resposta «insuficiente» face àquelas que são as necessidades da região?
Realçando que tal opção teria como consequência não só o agravamento da situação financeira das autarquias como a «desestruturação da rede da STCP para posterior entrega aos operadores privados», o Partido reafirma que o Governo «não se pode demitir da sua «responsabilidade na definição e garantia de mobilidade das populações, só possível com a manutenção da propriedade e gestão da STCP inteiramente públicas».