AR aprova reposição
do Ramal da Lousã

Ganha a população<br>e a região

A Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP (DORC) congratula-se pela vitória que constitui a aprovação, na Assembleia da República, de um projecto de resolução que aponta para a extinção da empresa Metro Mondego e para a reposição, modernização e electrificação da linha ferroviária do Ramal da Lousã. O projecto, da autoria do Grupo Parlamentar do PCP, propõe ainda a devolução do património do Metro Mondego ao domínio público ferroviário e ao domínio municipal.

No comunicado emitido a propósito desta votação, e do seu significado, a DORC lembra que o PCP «sempre se opôs» à implementação do Metro Mondego neste ramal, por não se adequar nem às características da linha nem às necessidades dos utentes, pois era mais caro, mais lento e menos confortável e não tinha nem capacidade de transporte de mercadorias nem hipótese de ligação à rede ferroviária nacional. Já o ramal da Lousã foi desde o início pensado para ir para além de Serpins.

Até ao seu encerramento, lembra o PCP, o Ramal da Lousã registava mais de um milhão de utentes por ano e a ligação entre Coimbra e Serpins era efectuada 17 vezes por dia, em pouco menos de uma hora. O desinvestimento no ramal da Lousã iniciou-se em 1992, com a extinção do transporte de mercadorias, e teve em 2010 o seu ponto culminante, com a retirada dos carris. O encerramento do ramal ferroviário representou, para o Partido, uma «afronta aos interesses das populações e às necessidades de desenvolvimento do território».

Toda a concepção do projecto do Metro Mondego, acusa ainda o PCP, foi feita «de costas voltadas» para os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), cujas linhas mais rentáveis deveriam ser entregues à sociedade Metro Mondego, o que constituiria um factor de agravamento da já difícil situação da empresa. Os SMTUC, que não recebem quaisquer apoios do Estado, têm actualmente 138 viaturas, 467 trabalhadores, 88 linhas e 550 quilómetros de rede, servindo 15 milhões de passageiros por ano. A sua degradação e desmantelamento teria graves consequências económicas e sociais.

Foi por entender que não há, para a cidade, o distrito ou o País, «qualquer interesse na manutenção da Sociedade Metro Mondego ou do projecto que representa», que o PCP apresentou o projecto de resolução que a Assembleia da República aprovou.

 



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