Palestina em escombros

LUSA


Milhares de habitações nos territórios palestinianos estão total ou parcialmente arrasadas. A maioria situa-se na Faixa de Gaza, onde três quartos das casas atingidas pelos bombardeamentos israelitas durante a agressão militar ocorrida em 2014 permanecem em escombros e, por isso, inabitáveis.

Nesse contexto de devastação, a Oficina de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU calcula que sejam necessários cerca de 571 milhões de dólares para acelerar os processos de reconstrução mais urgentes, e alerta para a emergência de resposta a uma carência sentida por dezenas de milhares de famílias.

A maior parte do valor reclamado (65 por cento) destina-se a projectos no território bloqueado por Israel desde 2007 e periodicamente atingido por ofensivas punitivas sionistas de larga envergadura, mas na Cisjordânia o número daqueles que não têm um tecto também tem vindo a crescer.

Essa foi, aliás, uma preocupação manifestada recentemente pelo secretário-geral das Nações Unidas, organização que estima em 18 mil o conjunto das habitações que em ambos os territórios carecem de intervenção.

A este cenário, acresce a intensificação por parte de Israel da política de expulsão dos palestinianos e de construção de colonatos nos domínios históricos daquele povo. Ainda no final do mês de Janeiro, Telavive aprovou a construção de mais de 153 novas habitações na Cisjordânia, onde, segundo a ONG Peace Now, Israel pretende instalar um total de 53 mil casas para colonos judeus.

A 11 de Fevereiro, o exército israelita destruiu 75 casas (sobretudo) e infra-estruturas de palestinianos na Cisjordânia. As autoridades palestinianas afirmam que este tipo de acções se repete quase diariamente.

 



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