Palestina
A violência israelita na Cisjordânia e na Faixa de Gaza matou 20 palestinianos e feriu 535 nos primeiros 25 dias deste ano. A Oficina de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas revela, igualmente, que 39 palestinianos, entre os quais 21 crianças, viram as suas casas demolidas por Israel no mesmo período.
Perante o Conselho de Segurança da ONU (CS), dia 26, o embaixador da Palestina alertou que nos últimos seis anos as agressões israelitas cobraram a vida a mais de 2500 pessoas, entre as quais centenas de crianças e adolescentes. Dezenas de milhares de palestinianos resultaram feridos ou foram detidos por Israel desde 2009 na sequência de operações militares, acrescentou Riyad Mansour, que, a propósito, sublinhou que «o mundo tem testemunhado, através de transmissões televisivas, os crimes de guerra cometidos contra o povo palestiniano».
No debate ocorrido no CS para discutir a situação no Médio Oriente, o secretário-geral das Nações Unidas defendeu a resolução pacífica do conflito israelo-árabe e reconheceu a frustração e desespero provocadas por décadas de ocupação e repressão israelita.
O governo de Telavive protestou acusando Ban Ki-moon de olvidar o papel da ONU e de justificar o «terrorismo», mas um porta-voz do responsável veio a público recusar as queixas lembrando que «as palavras podem ser mal-interpretadas, mas a grave realidade [na Palestina ocupada] é impossível de ocultar».