Catalunha falha eleição de presidente

Artur Mas rejeitado

O chefe do go­verno ca­talão, Artur Mas, não vai ser re­con­du­zido para um novo man­dato pelo par­la­mento, facto que de­verá pre­ci­pitar elei­ções re­gi­o­nais an­te­ci­padas.

Sus­penso fica o pro­cesso de se­cessão da Ca­ta­lunha

Lusa

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Po­lí­tico con­ser­vador do par­tido Con­ver­gência e líder da co­li­gação de di­reita Juntos por el Sí (JxSí), Artur Mas ne­ces­sita que os de­pu­tados da Can­di­da­tura de Uni­dade Po­pular (CUP) aprovem a sua re­con­dução na ca­be­ceira do go­verno au­to­nó­mico. A 27 de Se­tembro, o JxSí con­quistou 62 as­sentos no he­mi­ciclo da Ca­ta­lunha, fi­cando a seis da mai­oria ab­so­luta. O po­si­ci­o­na­mento da CUP, que elegeu dez de­pu­tados, é, por isso, de­ter­mi­nante para a for­mação de uma mai­oria ab­so­luta no par­la­mento re­gi­onal.

O Con­selho Po­lí­tico do par­tido in­de­pen­den­tista de es­querda, porém, reu­nido no do­mingo, 3, não chegou a um con­senso quanto à vi­a­bi­li­zação de uma nova pre­si­dência de Artur Mas, de­ci­dindo que cinco eleitos vo­ta­riam fa­vo­ra­vel­mente a re­con­dução da­quele, e ou­tros tantos vo­ta­riam contra. Em causa está a co­brança de uma pro­messa de Artur Mas, que ga­rantiu que se afas­taria da pre­si­dência ca­talã caso a sua de­sig­nação fosse um obs­tá­culo ao es­ta­be­le­ci­mento de um con­senso em torno da for­mação de um go­verno com­pro­me­tido com a in­de­pen­dência.

Neste con­texto, e a manter-se o quadro até à data li­mite para a de­sig­nação do chefe do go­verno, 9 de Ja­neiro, os ca­ta­lães de­verão voltar às urnas du­rante o pró­ximo mês de Março. Esse seria o quarto su­frágio para o órgão le­gis­la­tivo re­gi­onal em cinco anos.

Sus­penso fica, en­tre­tanto, o pro­cesso de se­cessão da Ca­ta­lunha do Es­tado Es­pa­nhol, con­forme, aliás, uma re­so­lução apro­vada no par­la­mento a 9 de No­vembro de 2015 pela mai­oria das for­ma­ções po­lí­ticas re­pre­sen­tadas.

 



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