Travar as privatizações
A Comissão Concelhia de Vila Real de Santo António do PCP editou, este mês, um número do seu boletim no qual acusa a maioria PSD no município de pretender privatizar património e serviços municipais. O PCP baseia-se nas decisões assumidas no dia 17, na sessão extraordinária da Câmara Municipal, realizada no dia 17 à porta fechada: à votação do orçamento e da revisão do Plano Director Municipal, somou-se a venda de terrenos e a privatização da gestão e exploração das águas e esgotos, da recolha de resíduos, limpeza urbana, praias e ribeiras e do complexo desportivo, para além da concessão por meio século de equipamento hoteleiro a instalar dentro do complexo. O vereador eleito pela CDU votou contra todas estas opções.
Para o PCP, o que se impõe não é a «venda ao desbarato» do património municipal e a sua entrega aos grupos económicos. Pelo contrário, o que «faz todo o sentido é que a gestão dos serviços públicos da competência da Câmara Municipal continue a ser feita por administração directa, com o envolvimento dos eleitos, a participação dos trabalhadores e das populações». Esta é, garante o Partido, a «única forma de garantir que o produto da economia local não vá parar ao desperdício ou ao aumento dos lucros do sistema financeiro».
O PCP critica ainda a gestão financeira da maioria PSD, que empurrou o município para uma situação delicada: dívidas de 33 milhões à banca, de 25 milhões a fornecedores e de 48 milhões à SGU e o recurso ao PAEL, com contrapartidas prejudiciais para as populações.