Estudantes do Superior
exigem mudança de política

Solidariedade com a luta

No dia 26 de Novembro, estudantes do Ensino Superior do Porto, Lisboa, Vila Real, Braga, Almada, Aveiro, Algarve, Coimbra e Évora, respondendo ao apelo de diversas estruturas e associações estudantis, organizaram acções de denúncia e protesto em torno de problemas como a falta de condições pedagógicas, fruto de insuficiência no pessoal docente e não docente, assim como nas infra-estruturas e outros materiais.

Os estudantes – obrigados a trabalhar ou a endividar-se para continuar a estudar – manifestaram-se ainda contra as propinas, taxas e emolumentos; as insuficientes bolsas de estudo e sucessivamente atrasadas; o abandono escolar.

«As inúmeras acções e as centenas de estudantes envolvidos de Norte a Sul demonstram que os estudantes não aceitam a situação de subfinanciamento das instituições e que o momento político que vivemos no nosso País exige toda a luta, de forma a efectivar uma mudança de política, que ponha fim ao caminho de elitização e mercantilização da educação», lê-se numa nota da Direcção Central do Ensino Superior da JCP.

Também Direcção da Organização do Ensino Superior do Porto (DOESP) da JCP manifestou solidariedade com as lutas dos estudantes, nomeadamente da Escola Superior de Educação, das faculdades de Ciências, Engenheira, Belas Artes e de Letras, de Psicologia da Universidade Católica do Porto e de Ciências da Comunicação da Universidade da Fernando Pessoa. Para hoje, 3, está marcado um protesto na Escola Superior de Artes e Design.

Em nota de imprensa, a DOESP denuncia ainda a entrada de grandes empresas nos órgãos de gestão das universidades e faculdades, «à medida que os estudantes são afastados, resultando numa formação mais vocacionada para os interesses do capital do que para os interesses dos estudantes e do País, contrariando assim uma da mais importantes conquistas da revolução de Abril, o Ensino Superior público, gratuito e de qualidade para todos».

Os jovens comunistas advertem, por outro lado, os estudantes e a comunidade em geral para as linhas que têm sido seguidas pela Universidade do Porto, que tem acatado os objectivos dos sucessivos governos PS, PSD e CDS de desresponsabilizar quem, de facto, tem a obrigação de financiar o Ensino Superior público: o Estado português. Por último, realçaram as dificuldades sentidas pelos estudantes do Ensino Superior privado.




Mais artigos de: Nacional

Um país em construção

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), em conjunto com a Câmara do Seixal, organizou, sexta-feira, o colóquio «A Venezuela no Quadro Mundial».

Realidade intolerável

No Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) alertou para o «flagelo das violências», que abrangem uma enorme variedade de aspectos na vida de muitas mulheres, do privado ao público, do social ao político.

Medidas urgentes <br>para a agricultura

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) espera que o novo Governo e a maioria que o suporta na Assembleia da República concretizem uma «mudança de opções nas políticas agro-rurais». Dirigindo-se ao novo ministro da...