«A FMJD e as suas organizações-membro saem desta Assembleia, 70 anos depois da sua fundação, com mais força para continuar, em todo o mundo, a contribuir para a luta da juventude contra o imperialismo, por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais», afirma a JCP.

Em nota divulgada segunda-feira, 23, a JCP detalha ainda que as 80 organizações presentes procederam à «análise da situação da juventude», da «sua luta contra o imperialismo e todas as suas expressões, num momento em que a agressividade do imperialismo aumenta, com a multiplicação de guerras, agressões e ingerências, assim como os ataques aos direitos da juventude», e sublinha que «nesta Assembleia confirmou-se a validade dos princípios fundamentais que estiveram na origem da FMJD, estrutura que foi formada em 1945 logo após a vitória sobre o nazi-fascismo e o fim da II Guerra Mundial».

Desde então, «a FMJD esteve ao lado das lutas dos jovens contra o colonialismo e o neo-colonialismo, contra as guerras, ocupações e ingerências promovidas pelo imperialismo; pelo direito de todos os povos à auto-determinação, à soberania e a independência nacionais; pelo direito à Educação pública e gratuita, ao trabalho com direitos, aos direitos e liberdades democráticas e à paz». Esse «carácter anti-imperialista da FMJD foi confirmado nesta Assembleia», insiste a JCP, adiantando que a reunião «demonstrou as potencialidades abertas pela luta da juventude em muitos países, bem como os perigos crescentes de guerras e regressão social, que devem ser combatidos através da unidade», com «a FMJD a ter um papel muito importante na construção dessa unidade anti-imperialista no plano juvenil».

Importantes decisões

Na Assembleia, os participantes reflectiram e discutiram colectivamente «o reforço da actividade da FMJD, a maior ligação à realidade e às lutas da juventude em cada país, a salvaguarda do papel da FMJD no processo de construção dos festivais mundiais da juventude e dos estudantes, o reforço do carácter e da amplitude anti-imperialista da FMJD».

«Quatro anos após a 18.ª Assembleia da FMJD (que se realizou em Lisboa, em 2011, acolhida pela JCP), a Organização da Juventude Democrática Unida (EDON) de Chipre foi eleita Presidente da FMJD e a União de Jovens Comunistas (UJC) de Cuba foi eleita Secretária-geral. Foi ainda eleito o Conselho Geral e o Conselho Coordenador da FMJD».

«A JCP foi eleita para o Conselho Geral e assume a tarefa de coordenadora regional da Comissão da Europa e América do Norte (CENA) da Federação», acrescenta-se, antes de se realçar que «a participação de 23 organizações do CENA nesta Assembleia, assim como as diversas campanhas que foram decididas para o próximo período na região, demonstram o crescimento da Federação na região e são uma sólida base para o [seu] reforço», informa-se ainda no texto remetido pela JCP.

Tendo-se realizado em Havana, Cuba, a Assembleia da FJD constituiu, também, «uma grande demonstração de solidariedade da juventude de todo o mundo para com a juventude e o povo de Cuba, celebrando as vitórias recentes para as quais a solidariedade internacional foi determinante, como a libertação total dos “Cinco” patriotas que estavam injustamente presos nos EUA, e continuando a luta, nomeadamente pelo fim do criminoso embargo norte-americano, que continua a fustigar a ilha».