«Assalto» à Casa do Douro
«Assaltantes da Casa do Douro para a rua», «O património da Casa do Douro é dos viticultores» e «Governo para a rua já» foram algumas das mensagens colocadas, no dia 11, à porta da sede da Casa do Douro (CD), na Régua, pelos dirigentes da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro), numa acção simbólica contra a tomada de posse da Federação Renovação Douro (FDR), que «ganhou» o concurso público para a gestão privada da instituição.
Esta acção foi decidida depois de uma reunião de urgência convocada pela Avidouro, onde se decidiu realizar uma campanha de informação pelo Douro, chamando a atenção dos produtores para o que se está a passar, e uma manifestação à porta da CD.
Valioso recheio
Em comunicado, de 12 de Novembro, a Avidouro acentua que «os verdadeiros centros de “comando” deste assalto à nossa CD situam-se em Lisboa, nos edifícios do (ex)governo e também passam pelos grandes interesses económicos ligados ao Douro, sobretudo os ligados ao comércio de Gaia».
A Associação responsabiliza ainda «os executores deste acto e seus mandantes» pelo eventual desaparecimento de valores do recheio da sede da CD, onde se encontra «um valioso recheio, com destaque para a sua “garrafeira”, com vinhos do porto preciosos, com dezenas de anos, num valor total calculado em cerca de quatro milhões de euros».
No Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela estão em trânsito dois processos, um relacionado com a idoneidade do concurso que deu a gestão da CD à FDR e outro que visa travar a nomeação da administradora Célia Custódio, que terá que proceder à liquidação das contas da antiga CD.