A premência da paz
O PCP condenou «veementemente» a série de atentados ocorridos na noite de sexta-feira, 13, em Paris, reivindicados pelo autodenominado Estado Islâmico.
A resposta ao terrorismo passa pelo combate às suas causas
Os ataques, que causaram 129 mortos e 352 feridos, alguns dos quais em estado grave já faleceram, tiveram lugar num estádio de futebol, numa sala de concertos e em quatro cafés e restaurantes do centro da capital francesa.
Na nota emitida, dia 14, pelo Gabinete de Imprensa do PCP refere-se:
«O PCP condena veementemente os atentados ocorridos em Paris, manifesta às vítimas e seus familiares a sua consternação e sentimentos de pesar e expressa ao povo francês a solidariedade dos comunistas portugueses.
O terrorismo, quaisquer que sejam as suas causas e objectivos proclamados, serve sempre os interesses mais reaccionários. A resposta ao terrorismo passa necessariamente pelo combate às suas mais profundas causas – políticas, económicas e sociais – e pela defesa e afirmação dos valores da liberdade, da democracia, da soberania e independência dos estados.
O PCP considera que crimes hediondos – como aqueles que agora foram perpetrados em Paris ou como os que há poucos dias foram perpetrados em Beirute – colocam a premência de uma política de desanuviamento e de paz nas relações internacionais e do respeito do direito internacional, que ponha fim às ingerências e agressões contra estados soberanos, nomeadamente na região do Médio Oriente.
O PCP sublinha que a recorrente imposição de acrescidas medidas atentatórias de direitos e liberdades fundamentais e o incremento da escalada de ingerência e de guerra, como a realidade tem comprovado, tem alimentado o crescimento de forças racistas, xenófobas e fascistas e da sua acção de terror.»