Nos dez anos decorridos de 2005 a 2014, morreram em Portugal 70 trabalhadores do sector da pesca e quase 12 mil ficaram feridos, segundo a Autoridade para as Condições do Trabalho. No guia prático «Segurança e Saúde no Trabalho no Sector da Pesca – Riscos Profissionais e Medidas Preventivas nas Diferentes Artes de Pesca», citado no dia 12 pela Lusa, refere-se que em naufrágios houve 41 vítimas mortais, durante a faina de pesca morreram 19 pessoas, enquanto outras causas, não especificadas, provocaram 10 mortos. Dos 11 960 feridos, mais de 90 por cento resultaram de acidentes de trabalho durante a faina de pesca.
A ACT afirma que o trabalho no sector da pesca «é um dos que apresentam maiores índices de sinistralidade, devido às características próprias da actividade», «no frágil equilíbrio de uma embarcação, com espaços de trabalho limitados, processos de trabalho física e psicologicamente exigentes e à mercê de difíceis condições naturais». A precariedade de emprego e os horários atípicos «assumem um impacto fortemente negativo nas condições da segurança e saúde no trabalho».