A Comissão Concelhia de Sines do PCP condena o despedimento anunciado de 54 trabalhadores do Terminal de contentores de Sines. Esta decisão é justificada com a conjuntura económica e com a alegada «diminuição significativa no volume de exportações originárias» do Extremo Oriente. Ora, segundo notícias vindas a público em Outubro, a «carga contentorizada movimentada no Porto de Sines nos nove primeiros meses deste ano aumentou mais de 10 por cento relativamente ao ano anterior»; a MSC, a principal operadora no Terminal XXI, atingiu elevados índices operacionais. O Partido lembra ainda que a administração do Porto de Sines anunciou no início do ano, na presença do primeiro-ministro e do presidente da Câmara, o investimento de 40 milhões na expansão do Terminal XXI e a criação de 100 novos postos de trabalho. Parece claro, para o PCP, que não é por «questões económicas ou de conjuntura» que estes despedimentos se realizam. Para além disso, os contratos dos trabalhadores «não podem estar dependentes de um alegado cancelamento de uma escala de uma rota» nem eles podem ser responsabilizados por esse mesmo cancelamento quando a empresa apresenta os «resultados e previsões que são conhecidos».