Diálogo pode resolver problemas fronteiriços
Os presidentes da Venezuela e Colômbia, Nicolás Maduro e Juan Manuel dos Santos, acordaram esta segunda-feira, 21, medidas para resolver os problemas fronteiriços.
Maduro e Santos conjugam esforços para ultrapassar diferendo
Após semanas de tensão entre a Venezuela e a Colômbia, os dois chefes de Estado reuniram em Quito, no Equador, e decidiram conjugar esforços para ultrapassar os problemas persistentes na região fronteiriça, através de um plano baseado no respeito e cumprimento do direito internacional.
Os resultados da cimeira traduzem-se, no imediato, na reposição de embaixadores, na promoção da coexistência de modelos distintos, no enaltecimento da unidade e do diálogo entre nações historicamente irmãs e no acompanhamento das conversações bilaterais pelo Equador e pelo Uruguai.
Entretanto, estava agendada para ontem uma reunião de ministros dos dois países para tratar de questões sensíveis como o contrabando, narcotráfico e a acção dos grupos paramilitares na fronteira comum.
Tanto Nicolás Maduro como Santos reconheceram que os «vencedores» da reunião de Quito foram a sensatez, o diálogo e a paz, aspectos essenciais para se poder fomentar a boa vizinhança e o desenvolvimento dos dois países.
Recorda-se que o diferendo entre a Venezuela e a Colômbia começou há cerca de um mês, após um ataque paramilitar contra uma patrulha do Exército bolivariano, que levou ao encerramento da fronteira e à tomada de medidas especiais de segurança no estado de Táchira. Posteriormente, essas medidas foram estendidas aos estados de Zulia e Apure para combater o paramilitarismo e o contrabando de combustível, alimentos e produtos de primeira necessidade por parte do lado colombiano.
Ainda que reconhecendo à Venezuela o direito de proteger os seus interesses, as autoridades colombianas alegam que foram cometidos atropelos contra os seus cidadãos e violações do espaço aéreo, o que Caracas nega.