PCP rejeita ataque à Festa do Avante!

Falsificação e difamação

O jornal Ex­presso, que ig­norou a re­a­li­zação e im­pacto da Festa do Avante!, moveu contra ela uma «cam­panha de di­fa­mação, ma­ni­pu­lação e pro­vo­cação», acusa o PCP. 

O jor­na­lista do Ex­presso ig­norou os factos re­la­tados pelo PCP

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O PCP di­vulgou, no dia 12, um co­mu­ni­cado onde de­nuncia os «cri­té­rios e ope­ra­ções que pro­curam di­mi­nuir a di­mensão po­lí­tica, cul­tural e de con­vívio da Festa do Avante! e des­ca­rac­te­rizar o seu con­teúdo e fun­ci­o­na­mento». Nessa nota acres­centa-se que o que ca­rac­te­riza a Festa do Avante! é pre­ci­sa­mente o facto de «cons­ti­tuir uma grande re­a­li­zação po­lí­tica, cul­tural e des­por­tiva, onde par­ti­cipam muitos mi­lhares de vi­si­tantes que a usu­fruem num clima de tran­qui­li­dade, ca­ma­ra­dagem, con­vívio e ale­gria».

Este co­mu­ni­cado, as­si­nado pelo Ga­bi­nete de Im­prensa da Festa do Avante!, surge na res­posta a per­guntas que foram co­lo­cadas pelo jornal Ex­presso antes ainda da pu­bli­cação, na versão elec­tró­nica e, no sá­bado, na edição im­prensa, de peças sobre ale­gadas agres­sões pra­ti­cadas por ele­mentos do ser­viço de apoio da Festa do Avante! a quatro dos seus vi­si­tantes. Ou­tros pe­rió­dicos re­pli­caram a «in­for­mação», na qual se acres­centa acu­sa­ções de ra­cismo e ho­mo­fobia.

No re­fe­rido co­mu­ni­cado, o PCP re­alça que, tal como su­cede com todos os ser­viços da Festa, também os ser­viços de apoio são as­se­gu­rados por mi­li­tantes do PCP que, de acordo com as ori­en­ta­ções es­ta­be­le­cidas, «zelam pela tran­qui­li­dade da Festa e o apoio aos seus vi­si­tantes». Quais­quer si­tu­a­ções não con­formes com o «am­bi­ente e tran­qui­li­dade» da Festa, sendo ab­so­lu­ta­mente ex­cep­ci­o­nais, são en­ca­mi­nhadas para as au­to­ri­dades, acres­centa-se.

O Par­tido ga­rante ainda que qual­quer acto in­di­vi­dual que se afaste dos prin­cí­pios que nor­teiam a ac­tu­ação dos mem­bros do Par­tido «terá a de­vida in­ter­venção da di­recção da Festa».

Men­tira gros­seira e pro­po­si­tada

Apesar dos es­cla­re­ci­mentos pres­tados, o Ex­presso pros­se­guiu a sua cam­panha contra a Festa, o que me­receu nova re­acção do PCP, através de uma carta ao di­rector do jornal, Ri­cardo Costa, as­si­nada pelo membro da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral Jorge Cor­deiro. Nessa mis­siva, pu­bli­cada no sítio do Par­tido na In­ternet, con­si­dera-se «es­tranha» a atenção agora dada à Festa do Avante!, com re­curso à «mais gros­seira men­tira», por parte de um órgão de in­for­mação que ig­norou o que essa ini­ci­a­tiva re­pre­senta en­quanto «acon­te­ci­mento ímpar na vida po­lí­tica e cul­tural».

Dei­xando para o di­rector do Ex­presso a ava­li­ação das mo­ti­va­ções e in­te­resses que possam ex­plicar o ali­mentar de pre­con­ceitos e o se­mear de di­fa­ma­ções pa­tentes nestas peças, o di­ri­gente co­mu­nista re­alça não ser ad­mis­sível a acu­sação de ho­mo­fobia e a ten­ta­tiva de, na base da fal­si­dade, «ins­talar a dú­vida e a crí­tica sobre o po­si­ci­o­na­mento do PCP em torno desta ma­téria». Como o jor­na­lista sabia, porque disso foi in­for­mado pelo Ga­bi­nete de Im­prensa do PCP na sexta-feira, 11, a in­ter­venção dos ser­viços de apoio da Festa do Avante! não se deveu ao facto de duas pes­soas do mesmo sexo se es­tarem a beijar (acu­sação que é «tão falsa quanto ri­dí­cula»): o mo­tivo que levou à con­dução dessas pes­soas para fora do re­cinto teve origem num acto de sexo oral em pleno es­paço pú­blico.

Assim, ga­rante Jorge Cor­deiro, «que ao jor­na­lista do Ex­presso não in­co­mode a men­tira e con­viva bem com os factos des­critos só o res­pon­sa­bi­liza a ele», mas um jornal que se es­força por se apre­sentar como pra­ti­cante de um «jor­na­lismo de re­fe­rência» de­veria ver as­se­gu­rados «pa­drões mí­nimos de res­peito pela ver­dade e rigor».

As acu­sa­ções feitas pelo Ex­presso, lê-se no final da mis­siva, só am­pliam a «di­mensão do ri­dí­culo de que se re­veste esta ope­ração para atri­buir ao PCP uma ati­tude di­versa da­quela que tem: a de res­peito in­te­gral pela ori­en­tação se­xual quer dos seus mi­li­tantes quer, por mai­oria de razão, da imensa massa hu­mana que con­nosco con­vive».




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