Povos contra capital
Cerca de 30 mil pessoas desfilaram pacificamente, dia 4, na cidade alemã de Munique, contra a cimeira do G7, que decorreu nos dias 7 e 8, num castelo do Estado da Baviera.
Salvar o ambiente, combater a pobreza
A marcha decorreu sob o lema, «Parar o TTIP [tratado de livre comércio entre a UE e os EUA], salvar o ambiente, combater a pobreza», e abriu uma série de protestos que tiveram lugar nas redondezas do castelo de Elmau, na pequena cidade de Garmisch-Partenkirchen, situada a uma centena de quilómetros da capital bávara.
Entre os seus promotores estão diversas organizações sindicais e sociais, nomeadamente de agricultores alemães e de ecologistas. No desfile participaram também destacados dirigentes dos Verdes e do partido A Esquerda.
Milhares de activistas da aliança Stop G7 afluíram para as proximidades do idílico castelo que acolheu o encontro dos representantes das sete potências mais industrializadas do planeta.
Num terreno cedido por um agricultor foi instalado um imenso acampamento, onde se juntaram cerca de duas mil pessoas.
Os protestos realizaram-se diariamente junto da estação da localidade, mas, segundo denunciaram os organizadores, o apertado dispositivo policial dificultou a chegada de manifestantes.
A polícia mobilizou mais de 22 mil efectivos, colocou barreiras de controlo nas estradas e fechou o espaço aéreo num raio de 100 quilómetros à volta do castelo.
O aparato de segurança foi considerado pelo ministro do Interior da Baviera, o democrata-cristão Joachim Herrmann, como a «maior operação da história» da polícia bávara.
O grupo dos sete ou G7 reúne actualmente dirigentes dos Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Itália.
Em 1998, a Rússia foi incluída no grupo, que passou a denominar-se G8. Porém, em Junho de 2014, voltou à sua anterior designação, após as potências ocidentais e o Japão terem decidido não comparecer à cimeira de Sotchi, optando por se reunir em Bruxelas sem a participação da Rússia.