Os povos com a Venezuela
Iniciativas diversas marcaram o Dia de Acção Mundial de Solidariedade com a Venezuela, que em Portugal foi assinalado numa iniciativa conjunta realizada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e pela Associação de Amizade Portugal-Cuba (AAPC).
PCP reafirma a sua solidariedade com a Revolução Bolivariana
Marchas, concentrações, debates e outras acções destinadas a vincar o apoio dos povos à República Bolivariana ocorreram em dezenas de cidades de vários países, sobretudo na América Latina e Europa. Em Caracas, o Partido Comunista da Venezuela convocou e levou a cabo, domingo, 19, uma marcha no âmbito da referida jornada de solidariedade. As federações Sindical Mundial, das Juventudes Democráticas, Mundial de Mulheres e o Conselho Mundial da Paz (CMP) associaram-se ao Dia de Acção Mundial.
No nosso País, o CPPC e a AAPC, no âmbito do apelo veiculado pelo Comité de Solidariedade Internacional venezuelano, membros do CMP, promoveram uma sessão pública no auditório da Junta de Freguesia da Amora. Na iniciativa, realizada domingo, participaram o presidente da CM do Seixal, Joaquim Santos, o embaixador da Venezuela em Portugal, general Lucas Rincón, o presidente da AAPC, Augusto Fidalgo e o vice-presidente do CPPC, coronel Baptista Alves (que presidiu à sessão), bem como a embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada.
A 19 de Abril último assinalou-se os 205 anos do início da luta pela independência da Venezuela, mas também os 54 anos da vitória cubana na Baía dos Porcos, quando uma tentativa de invasão patrocinada pelos EUA para derrubar o poder revolucionário acabou derrotada.
O levantamento venezuelano contra o domínio colonial espanhol foi comemorado, sexta-feira, 17, em Lisboa, junto ao busto do libertador Simon Bolívar, numa iniciativa organizada pela embaixada da República Bolivariana da Venezuela.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro comemorou o dia do início da luta pela independência nos estados de Sucre e Vargas, onde inaugurou complexos urbanísticos destinados a população carenciada. Nesta última região entregou a casa número 700 mil das construídas ao abrigo da Missão habitacional, lançada pelo presidente Hugo Chávez para responder à falta de casas para o povo.
PCP apoia,
sempre
Num comunicado divulgado a propósito do Dia de Acção Mundial, o PCP reafirma «a solidariedade dos comunistas portugueses com a Revolução Bolivariana e a exigência do fim da política de ingerência, desestabilização e agressão prosseguida pelos EUA – e o imperialismo em geral – contra este país sul-americano», e sublinha «a importância do processo emancipador venezuelano e do património de conquistas populares (…), que representam um muito significativo contributo para a alteração da correlação de forças, favorável aos interesses dos povos e à causa do progresso social, que se verifica na América Latina e Caraíbas».
No texto, «o PCP denuncia a escalada antidemocrática e imperialista em curso contra a Venezuela e, em particular, o grave passo que constitui o decreto assinado pelo presidente Obama, classificando a Venezuela como “uma ameaça inusual e extraordinária à segurança nacional” dos EUA». Trata-se de uma medida que «aponta o processo progressista e transformador venezuelano como um dos alvos centrais da contínua campanha subversiva levada a cabo pelas classes dominantes e as forças do grande capital financeiro em toda a América Latina e Caraíbas, visando reverter os avanços conquistados no caminho de afirmação da soberania e direitos dos povos».
«O PCP expressa a sua confiança de que a resistência e luta das forças revolucionárias, democráticas e patrióticas venezuelanas, com o amplo movimento de solidariedade em todo o mundo, conseguirão derrotar os perversos e perigosos objectivos dos inimigos do povo venezuelano», adianta-se ainda.