Poupanças e remunerações diminuem
As famílias portuguesas têm uma cada vez menor capacidade de aforrarem ou obterem financiamento, afirma o INE, que calcula que as taxas de poupança e de capacidade de financiamento tenham diminuído para 6,9 por cento do rendimento disponível e 2,5 por cento do PIB, respectivamente, entre o terceiro e o quarto trimestres de 2014.
O INE explica que em relação ao aforro, o índice foi pressionado pelo efeito conjugado do aumento do consumo (mais 0,6 por cento) e da diminuição dos rendimentos (menos 0,8 por cento). Quanto à capacidade de financiamento, contribuem fortemente «a diminuição das remunerações e dos benefícios sociais recebidos» e «o aumento da despesa de consumo final».
Paralelamente, o Eurostat revelou que Portugal foi o segundo País da zona euro com maior quebra no custo da mão-de-obra por hora. Entre 2013 e 2014, a remuneração caiu 0,8 por cento situando-se nos 13,1 euros, afirma o gabinete estatístico europeu.
O contrário observou-se no conjunto dos países da UE (mais 1,4 por cento para 24,6 euros) e nos da zona euro (mais 1,1 por cento para 29,2 euros).