Morreu na segunda-feira, 23, aos 84 anos, Herberto Hélder. Natural do Funchal, onde nasceu em 1930, o escritor e poeta deixa uma vasta obra literária e é considerado um dos maiores poetas português da segunda metade do século XX e dos maiores vultos nacionais da poesia.

O seu primeiro livro, «O Amor em Visita», foi publicado em 1958, quando frequentava o circulo do Café Gelo, no Rossio, juntamente com Luiz Pacheco ou Mário Cesariny. A última obra publicou-a em 2014, intitulada «A Morte sem Mestre», isto depois de «Servidões», saído para os escaparates livreiros em 2013.

Frequentou Direito e Filologia Românica na Universidade de Coimbra. Trabalhou em publicidade, e, em vários países da Europa, em cervejarias e cafés. Foi bibliotecário, tradutor e jornalista.

Os seus livros têm uma única edição, mas uma parte da sua obra está reunida em volumes.

Cioso da sua privacidade, muito raramente concedeu entrevistas. Em 1994 recusou receber o Prémio Pessoa aconselhando o júri a não dizer a ninguém e a entregar o galardão a outro.