Agravam-se os problemas nos hospitais
Segundo a Ordem dos Médicos, Portugal perdeu num só ano mais de 400 camas hospitalares, situação que, aliada à falta de planeamento, contribui para o congestionamento dos hospitais de Norte a Sul do País. Este problema agravar-se-á quando Portugal entrar num período de maior epidemia de gripe, previsto para os próximos dias. «Isto é consequência inevitável das medidas tomadas por este Governo por razões economicistas, porque a saúde está a ser gerida como uma repartição de finanças», afirmou à Lusa o bastonário José Manuel Silva. «Enquanto a resposta dos cuidados de saúde primários não for adequada, as urgências hospitalares vão estar permanentemente congestionadas em períodos de maior procura», sublinhou, defendendo, como solução, a contratação de mais médicos de família.
Entretanto, o acesso aos serviços de urgências de alguns hospitais complicou-se ainda mais nos últimos dias, com tempos de espera que chegam a atingir as 18 horas, situação agravada pelo bloqueio no internamento nalgumas unidades por falta de camas.
Na segunda-feira, as corporações de bombeiros de concelhos do Oeste, servidos pelas urgências de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste, denunciaram que há ambulâncias a ficarem retidas no Hospital por falta de macas, comprometendo o socorro às populações.