Lutar por Saúde

A Comissão Concelhia de Cantanhede do PCP manifestou o seu apoio aos utentes e ao Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) que estão a travar uma luta contra a privatização do Hospital Público de Cantenhede – Arcebispo João Crisóstomo, que abrange uma população de cerca de 60 mil utentes no período normal e cerca de 80 mil na época de Verão.

Os comunistas solidarizam-se ainda com a entrega na Assembleia da República de um abaixo-assinado, com mais de cinco mil subscrições, para impedir a pretensão do Governo, e valorizam a realização, no dia 13, de uma caravana automóvel e de uma vigília, «uma clara demonstração da vontade das pessoas em defender o hospital público, integrado no Serviço Nacional de Saúde».

O número de assinaturas recolhidas obriga, agora, à discussão e votação da matéria em plenário na Assembleia da República. «Este momento será um teste aos partidos que, de facto, defendem os interesses da população e dos utentes, do Serviço Nacional de Saúde e daqueles que, com o aproximar das eleições, se colam à luta com o intuito único de captar o voto dos incautos», salientam os comunistas, em comunicado, exigindo aos deputados do PS, PSD e CDS, em particular aos eleitos pelo distrito de Coimbra, que à partida deverão defender os interesses do povo de Cantanhede e a Constituição da República, que votem favoravelmente este abaixo-assinado».

Segundo o Partido, «o ataque a esta unidade de saúde começou em 2007, com os encerramentos das urgências, enquanto encerrava a Maternidade do Hospital da Figueira da Foz, os Serviços de Atendimento Permanente e a liquidação dos oito hospitais de Coimbra». «O Governo PSD/CDS continuou esta política, e com a portaria n.º 82/2014, de 10 de Abril, excluiu, à socapa, o Hospital de Cantanhede da relação da rede dos hospitais públicos nacionais, deixando claro o desejo de privatizá-lo», acrescenta o comunicado.

O PCP acusa ainda a tutela de conduzir «uma política de redução de médicos e outros profissionais, diminuir os dias de consulta semanais nas extensões de saúde, reduzir os recursos humanos no Centro de Saúde de Cantanhede, encerrar extensões de saúde, privar a população de médicos de família e desprezar a população idosa e as crianças».

No dia 16, José Luís Ferreira, deputado do Partido Ecologista «Os Verdes», anunciou que os ecologistas vão apresentar, aquando da discussão da petição entretanto entregue, um projecto de resolução para que o Hospital de Cantanhede se mantenha na esfera pública.



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